Qualidade arquitetônica no ambiente escolar
- Valéria Zamboni
- 20 de jan. de 2016
- 2 min de leitura

iUP Arquitetura — Projeto Biblioteca Infantil Sesc
Antigas escolas com cerquinhas coloridas definitivamente já não encantam mais os olhos, é preciso um espaço contemporâneo com linguagem clean, espaço inteligentes e multifuncionais.
Em se tratando de pré-escolas, as preferidas das crianças são aquelas com mini fazendinha, vegetação de grande porte e parques de madeira.
Segundo Lima (1989) “é preciso deixar o espaço suficientemente pensado para estimular a curiosidade e a imaginação da criança, mas incompleto o bastante para que ela se aproprie e transforme esse espaço através da sua ação”.
Ao projetar escolas é muito importante entender o funcionamento do fluxo escolar, horários, entrada e saída e assim otimizá-los, apresentando soluções que melhorem e agilizem o processo.
Um ambiente lúdico, criativo e inspirador pode não só contribuir como facilitar o processo de aprendizado e as brincadeiras.
Adequar o espaço é, muitas vezes, o sonho de muitos proprietários de escolas. Porém esse sonho acaba esbarrando em questões legais e financeiras.
Agora imagine se fosse possível melhorar o ambiente escolar, se adequar à legislação e ainda lucrar com isso? Pois isso é sim possível.
Vejamos um exemplo de uma pré-escola que reformamos. Eram 6 salas com aproximadamente 12m². Cada uma comportava entre 6 e 8 alunos, com 1 ou 2 professores. Nosso projeto de intervenção previa transformar 4 salas em 2, possibilitando haver 19 alunos por turma e já que o terreno possibilitava a construção de mais duas com 33m² cada. Entre essas e outras ideias saímos de 48 para 69 alunos, possibilitamos solário e lactário exclusivo do berçário e ainda seria possível manter o mesmo número de professores! Isso sem contar a 2ª etapa onde as outras duas salas serão ampliadas com a renda gerada por esses novos alunos.
Incrível como um projeto bem pensado pode fazer a diferença para os proprietários, alunos e professores!
E ainda foi aprovado 100% pela vigilância sanitária! Além disso a fachada ficou muito atrativa e convidativa, bolamos uma maneira de proteção para entrada em dias de chuva que facilitou em muito, a segurança também era um ponto importante, pois por ser em uma avenida principal precisávamos garantir que nenhuma criança teria acesso ao portão, assim os pais ganharam na tranquilidade.
Considerando que tanto o homem como o ambiente construído são produtores e produto da cultura e ambos interagem e se relacionam, as transformações significantes produzidas nas relações entre os grupos de usuários e o ambiente construído, influenciam e são influenciados pelo uso e pela operação dos mesmos e isto deve ser considerado por todos os setores e profissionais envolvidos com a avaliação e a concepção do ambiente construído para a educação infantil (AZEVEDO et al, 2007).
Valéria Zamboni é Arquiteta Mestre em Projeto Arquitetônico, Expert em Projetos Escolares (45)3037-1471 | valeriazamboni@gmail.com Cascavel - PR
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