Direcionamentos arquitetônicos para as escolas
- Valéria Zamboni
- 19 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

Fonte da imagem: http://educacaointegral.com.br
Sobre arquitetura escolar
Alguns países como EUA, Inglaterra e outros países europeus “discutem o ensino de uma maneira ampla, onde o ambiente físico é considerado um elemento essencial na busca da qualidade do aprendizado.” Uma das entidades que dá suporte a esses países é a CABE (Commission for Architecture and the Built Environment). Essa instituição é referência mundial e apresenta uma lista de dez critérios que deveriam ser usados ao se projetar uma escola (CABE, 2007), são eles:
Identidade e contexto: criar ambientes de que os usuários e a comunidade pode se orgulhar;
Implantação: otimizar o aproveitamento do lote;
Área externa da Escola: ganhar proveito das áreas externas;
Organização: criação de um diagrama claro para os edifícios;
Edificações: síntese da forma, dos volumes e da harmonia;
Interior: criando espaços de excelência para ensino e aprendizagem;
Estratégias de sustentabilidade;
Segurança: criando um lugar seguro e acolhedor;
Vida longa, liberdade de possibilidades: criar um projeto escolar que se adapta e que tenha capacidade de evoluir com o tempo;
Síntese de sucesso: projetos que funcionam na sua totalidade.
S abemos que hoje, no Brasil, na maioria das vezes os critérios para se projetar são custo e quantidade de alunos, porém seria um grande passo se pudéssemos pensar algumas escolas dessa maneira. Um dos métodos para se fazer isso é por meio de um cronograma físico-financeiro que possibilite a viabilização da edificação.
Como organizar as salas e ambientes pedagógicos?
Para atualizarmos as escolas brasileiras precisamos estar atentos aos protocolos e estudos internacionais, um exemplo é o número de possibilidades de configuração que uma sala de aula ou ambiente pedagógico deve apresentar segundo Nair & Fielding (2009), são eles:
Estudo independente;
Trabalhos em grupo;
Trabalho em grupos pequenos de 2 – 6 alunos;
Instrução aluno + professor;
Palestra, professor ou especialista convidado ocupando o palco principal;
Ensino baseado em projetos temáticos;
Aprendizado com base notebooks ou tablets;
Ensino a distância;
Pesquisa pela internet sem fio;
Apresentações dos alunos;
Apresentações teatrais ou de música;
Ensino por meio da instrução por seminários;
Aprendizado por meio de serviço comunitário;
Aprendizado por meio da natureza;
Aprendizado social e emocional;
Ensino baseado em artes;
Ensino por meio de conto de histórias;
Construção do próprio aprendizado, colocando os alunos em contato com situações práticas.
O que acontece hoje na maioria da escolas brasileira é um padrão onde o professor faz a explicação oral e os alunos sentam enfileirados, quando muito é feito a possibilidade de carteiras formando uma roda. Em primeiro lugar, para que isso seja possível as escolas precisam tomar conhecimento dessas ideias.
Referências Bibliográficas:
CABE. Building schools for the future. a guide for clients. London, UK: Comission for Architecture and the Built Environment, 2007.
NAIR, P.; FIELDING, R. The Language of School Design: Design Patterns for 21st Century Schools, Fully Revised 2nd Edition. 2nd. ed. [S.l.]: Designshare, Inc., 2009.
Kowaltowski, Doris C.C.K.; Moreira, Daniel de Carvalho; Deliberador, Marcella S.; O programa arquitetônico no processo de projeto: discutindo a arquitetura escolar, respeitando o olhar do usuário. SBPQ, São Paulo, 2012.
Valéria Zamboni é Arquiteta Mestre em Projeto Arquitetônico, Expert em Projetos Escolares CAU A62149-8 (45)3037-1471 | (45)9987-2864 | valeriazamboni@gmail.com Cascavel - PR
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